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CONHEÇA A ORIGEM E AS REGRAS DA PROVA DE TRÊS TAMBORES

  • 9 de mar. de 2018
  • 3 min de leitura


Habilidade e entrosamento com o cavalo são características essenciais de uma amazona ou cavaleiro que pratica a prova dos Três Tambores. Tradicional em muitas festas de peão, eventos sertanejos e feiras agropecuárias, essa é uma atividade de velocidade cujo objetivo é contornar três tambores em um percurso triangular no menor tempo possível.  Hoje vamos falar um pouco sobre como a prova funciona e sua história.


Destaque para as amazonas

Os espaços de rodeios e festas de peões são historicamente relacionadas ao universo masculino. Apesar da prova dos Três Tambores ser realizada nesses ambientes, as mulheres ganham destaque por ser a única atividade que podem participar. As amazonas Fatiana Ferreira e Caroline Rugolo, por exemplo, são fortes competidoras no ramo.


Cavalo Quarto de Milha

Por ser uma prova de velocidade, a raça de cavalo escolhida por várias amazonas e cavaleiros é a Quarto de Milha.


Como funciona

Para realizar a prova com perfeição é preciso contornar três tambores colocados no espaço da arena no tempo mais curto que o competidor conseguir. Os três tambores ficam a uma distância de, aproximadamente, 30 metros entre um e outro e são organizados no chão em formato triangular. O percurso deve ser medido e verificado por um Juiz de Prova.


Assim que o focinho de um cavalo cruza a linha de partida, um dispositivo eletrônico inicia a contagem do tempo.


Os competidores partem em direção ao primeiro tambor. Eles devem o contornar com um giro de 360° da esquerda para a direita. O segundo e o terceiro tambores devem ser contornados também em uma volta de 360°, só que da direita para a esquerda. Só depois dessa fase, os participantes devem ir até à linha de chegada. Se a amazonas ou o cavaleiro desejar, o percurso também pode ser feito partindo da esquerda, e terminando as outras duas voltas pela direita.


O competidor também pode escolher por qual tambor começar, porém o da ponta do triângulo deverá ser sempre o último para dar a volta, pois a partida para a linha de chegada deve ser dele.


Como deve ser o tambor

Os objetos usados nessa modalidade devem ser três tambores vazios de duzentos litros. O espaço entre eles deve ser respeitado.


Roupa para a competição

Para fazer a apresentação corretamente é preciso estar com o uniforme completo. A vestimenta exige: chapéu, calça, bota ou botina e camisa de manga longa com punhos abotoados.


Penalidades e desclassificações

Como toda competição, a prova dos Três Tambores tem regras que devem ser estritamente seguidas. Quando não são cumpridas, o participante pode ser penalizado. Confira:

  • Se a amazonas ou cavaleiro derrubar um tambor terá cinco segundos a mais no tempo final. Isso vale para cada tambor derrubado.

  • Se forem derrubados dois tambores, haverá desclassificação.

  • Cair do cavalo também gera desclassificação.

  • Outra maneira em que o competidor pode ser desclassificado é se o cavalo apresentar ferimentos que podem ter vindo de maus tratos como chicote ou espora. O cuidado com os animais é essencial nesse esporte. Além da saúde do cavalo, o tratamento correto ajuda a aumentar a sintonia do amazonas ou cavaleiro com o quadrúpede.

  • Todo competidor deve ser pesado junto com o equipamento, incluindo manta freio e sela, após cada apresentação. O peso mínimo exigido pe 65 Kg. Mantas extras, como enchimentos, são permitidas para complementar o peso.


História internacional e nacional

O Texas, nos Estados Unidos, tem o crédito de ser o berço das primeiras competições do gênero dos três tambores. Lutando pelo espaço das mulheres, em 1948, a Girls Rodeo Association fez a primeira prova desse tipo.  A partir de 1981, a associação passou a se chamar WPRA (Women’s Professional Rodeo Association). Atualmente, as competições mais relevantes são a Ram National Circuit Finals Rodeo, em Oklahoma City, e o Wrangler National Finals Rodeo, em Las Vegas.


A ABQM (Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Quarto de Milha) é a responsável por introduzir a modalidade no Brasil. Para ter mais protagonismo no cenário esportivo, foi criada a ANTT (Associação Nacional dos Três Tambores) em 2003.

O Brasil ainda conta a ABTB (Associação Brasileira de Treinadores de Tambor e Baliza), que divulga eventos da modalidade e busca melhorias para os esportistas e os animais. Eles também trabalham o desenvolvimento e ampla aplicação de conhecimento do esporte.


Outra organização importante é a Associação Nacional dos Três Tambores, fundada em 2003. Dirigida pelos próprios competidores, ela foi formada para unir atletas e trabalhar em prol de melhorias na modalidade. A organização também trabalha em parceria com as empresas que organizam provas e eventos.


 
 
 

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